Autor: Fernando de Padua Laurentino - Butantã II - USP - Turma D

domingo, 16 de outubro de 2011

6- Temas transversais em educação

Representação da transversalidade no currículo escolar: uma crítica.



Concepção 1.


Concepção 2.



As duas concepções de transversalidade estão baseadas na ideia oposta entre disciplinas e temáticas. Na concepção 1 as disciplinas são o eixo vertebrado (fixos) do currículo as temáticas transpassam (como fluxos)- este modelo representa melhor o que encontramos na maioria das escolas. Noutro caso (concepção 2) é o contrário- temas são fixos e são transpassados por disciplinas - modelo baseado em projetos.


Estas representações cartesianas contrapõem fixos e fluxos. A nossa concepção de grade (sinômino de cadeia, prisão - Dicionário Houaiss) curricular é de projeto de ensino: a aprendizagem é definida previamente. Ou seja: independentemente de quem são os alunos (com suas diferenças, histórias, personalidades etc.) eu já sei o que eles tem que aprender. Independentemente de qual é o eixo vertebrado (disciplinas ou temáticas) já temos de antemão o caminho que vamos percorrer.
Podemos dizer que o currículo se trata "apenas" de uma referência norteadora. Porém, o que podemos perceber na prática é que a grade curricular se torna de fato prisão ou cadeia curricular. Os instrumentos de avaliação, cronograma dividido em tempos de saberes (bimestres, trimestres etc), exames de qualificação (vestibulares, ENEM) etc. impõe no processo de ensino regulações que inviabilizam uma outra prática de ensino mais flexível. Um ensino mais flexível levaria mais em consideração as necessidades dos alunos, situações de urgência, tempo de compreensão e/ou construção de valores etc.
Talvez devessemos tentar criar a concepção 3 que seria uma nova metáfora de transversalidade. Qual a imagem ou desenho desta nova concepção? Talvez tenha menos linhas tão retas a se cruzarem perpendicularmente.

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